Caminhoneiros são presos em Londrina suspeitos de integrar esquema que falsificou boletins de ocorrência para desvio de carga.

Operação foi realizada em Londrina e chefe da organização criminosa também foi preso. Segundo delegado, prejuízo passa de R$ 2 milhões para empresas de logística.



Cinco pessoas foram presas em uma operação em Londrina, no norte do Paraná, no início da manhã desta quarta-feira (21). Os alvos da Polícia Civil (PC-PR) eram caminhoneiros e o chefe da organização criminosa que falsificava boletins de ocorrência para desvio de carga.

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o delegado Edgard Soriani explicou que os caminhões saíam de diversos estados e tinham como destino Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

As investigações mostraram que os caminhoneiros eram atraídos para o esquema no momento da contratação em aplicativos de negociação. Para o motorista aceitar participar do esquema, era oferecido o valor do frete, que pode chegar a mais de R$ 10 mil.

"O caminhoneiro é cooptado no momento da carga. Ele já escolhe um caminhoneiro pré-determinado. Provavelmente, o autor intelectual já sabe que vai desviar a carga, já tem o comprador [...]", contou o delegado.

Foram desviadas cargas de açúcar, café, macarrão, soja, entre outras. Soriani estima um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões para empresas de logísticas.

No total, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e cinco de prisão.

O advogado Mauro Martins, que representa quatro suspeitos, negou as acusações.

Boletins de ocorrência falsos

Para justificar o "sumiço" da carga às empresas, conforme o delegado, o caminhoneiro recebia um boletim de ocorrência falso simulando um roubo. Foram identificados 13 documentos forjados em um computador.

Em um desses boletins, foi detalhado pela quadrilha que o motorista foi abordado na rodovia e obrigado a entrar em um veículo.



Investigações

As investigações começaram em 2023, e tinham como alvo dois grupos que atuavam no desvio de cargas com o mesmo esquema de documentação falsa, apesar de não terem ligação entre eles. À época, sete pessoas foram presas temporariamente.

Em 2024, os chefes do primeiro núcleo foram presos.

Por meio de análise de celulares apreendidos, chegaram a endereços e nomes de envolvidos no segundo núcleo, que moram em Londrina.

Ainda não se sabe o destino das cargas.

 




Fonte:RPC Paraná 21 de Maio de 2025.

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